A Perda Auditiva e a depressão nos idosos
Enquanto comunidade temos sentido os efeitos negativos do distanciamento social e do isolamento. Muitas pessoas descrevem sentir depressão, agravada pelo facto de não ser recomendável o contacto com os outros.
Porém, esta sensação de isolamento já é de certa forma conhecida por quem sofre de perda auditiva, especialmente na terceira idade. Um idoso com défice auditivo não tratado sente frequentemente que está isolado, não conseguindo acompanhar as conversas e evitando situações sociais.
A perda auditiva tem vindo a preocupar a OMS, que estima que cerca de 538 milhões de pessoas venham a sofrer desta condição. Uma das causas principais continua a ser a presbiacusia, ou seja, a perda de audição relacionada com a idade, e estima-se que esta seja a causa de cerca de 60% a 70% dos casos de perda auditiva. A presbiacusia é comum em idosos, como seria de esperar.
As principais consequências desta condição são a fraca compreensão do discurso, acufenos ou zumbido, vertigens e desequilíbrio e, claro, perda auditiva, que provocam um agravamento da qualidade de vida dos idosos.
O uso de aparelhos auditivos para tratar a perda auditiva pode diminuir enormemente as consequências na qualidade de vida, diminuindo o impacto emocional associado à progressiva perda auditiva. Consequentemente, o idoso irá também ter vontade de voltar a participar em situações sociais e convívios, o que pode ser muito positivo para a sua saúde emocional.
A audição continua a ser um fator essencial à qualidade de vida e à autoestima. A perda auditiva não tratada arrasta os idosos para o isolamento social e o desenvolvimento de tendências depressivas. Como tal, a identificação precoce da perda auditiva é fulcral para a prevenção do desenvolvimento de doenças mentais, como a depressão.
A Acusis recomenda que faça avaliações regulares à sua audição e alerta para que esteja atento a possíveis sintomas como dificuldade em comunicar em locais ruidosos, intolerância a sons intensos e zumbido.