Perda auditiva: o que significa ouvir mas não entender
A perda auditiva pode ser encarada como um problema invisível. Em muitos casos, a perda auditiva surge gradualmente, dificultando a perceção de que realmente ouve mal. Dificuldade em acompanhar conversas que envolvam vários participantes, familiares e amigos a insistir que tem a televisão demasiado alta ou que fala muito alto são sinais de perda auditiva, mas nem sempre é fácil identificá-los.
Para o paciente e os que o rodeiam, pode ser frustrante a experiência com perda auditiva não diagnosticada. Mas em muitos casos, a principal e primeira queixa de um paciente que começa a apresentar perda auditiva é “ouvir, mas não entender”.
A fala é formada pelos sons das vogais e das consoantes. As vogais têm sons de frequências mais grave e volume mais alto, enquanto que as consoantes apresentam frequências mais altas e volumes mais baixos, principalmente em vozes femininas e muito finas.
Muitos casos de perda auditiva costumam revelar perda mais significativa nos sons agudos do que nos graves. Assim sendo, o paciente acaba por ouvir apenas fragmentos das palavras, ouvindo mais vogais do que consoantes.
Neste caso e em qualquer outro em que a perda não seja igual para todas as frequências, a pessoa consegue ouvir a palavra de acordo com a sua perda, dificultando bastante a compreensão. E aqui começa o problema. Uma perda auditiva pequena ou numa fase inicial pode fazê-lo perder uma letra, mas em casos mais graves pode não entender palavras ou frases inteiras, levando à incompreensão do discurso do interlocutor.
A sensação de ouvir mas não entender, surge então do que não se ouviu, sendo resultado de perda auditiva.
Se isto lhe acontece, deve procurar um profissional especializado em audição e realizar uma avaliação auditiva.